Vamos a uma caminhada, que não tem de ser longa, e ficamos mais vigorosos e mais animados? Sim, é o que sugerem os primeiros dados da investigação conduzida por dois académicos do Iowa, nos Estados Unidos.
O estudo que iniciaram assenta na comparação entre o comportamento de dois grupos de jovens universitários: um desses grupos fez uma caminhada pelo campus universitário e o outro ficou sentado, passivo, durante o tempo da caminhada. Os investigadores constatam que os jovens que caminharam ficaram com o ânimo mais positivamente estimulado.
A iniciativa do conjunto deste estudo partiu de Jeffrey Miller e Zlatan Krizan, ambos investigadores da Iowa State University. Pretenderam analisar efeitos produzidos pela caminhada e, em paralelo, efeitos da caminhada com um objetivo concreto (por exemplo, ir buscar alimentos) no estado emocional de quem pratica essa caminhada.
Numa primeira parte do estudo, um grupo de alunos da universidade foi posto a caminhar ao longo de 12 minutos, enquanto o outro grupo ficou sentado a ver fotografias e vídeos sobre o percurso por onde se moviam os estudantes do outro grupo. Os investigadores constaram que o grupo que fez a caminhada, ainda que curta, mostrou mais jovialidade, vigor, capacidade de concentração e auto-confiança.
Na segunda parte do estudo, o grupo que fez a caminhada levava a indicação de que no final teria de preparar um artigo com duas páginas. Apesar do encargo desta tarefa, o grupo que caminhou continuou a mostrar melhor ânimo do que o ficou sentado e ver fotografias e vídeos.
Os investigadores Miller e Krizan reconhecem que este estudo ainda precisa de ser aprofundado com medição de parâmetros fisiológicos mas, desde já, constam o efeito positivo da caminhada sobre a sensação positiva de bom ânimo.
FONTE: Walking facilitates positive affect (even when expecting the opposite).; Miller, Jeffrey Conrath; Krizan, Zlatan. Publicado em Emotion, Vol 16(5), Aug 2016, 775-785