Está evidenciado em vários estudos que a prática de atividade física regular se relaciona com melhor saúde. Faltava demonstrar, através da observação por tempo prolongado, que o exercício físico contribui, de facto, para mais tempo de vida.
É a tarefa a que se dedicaram há já 10 anos, investigadores da NTNU – Norwegian University of Science and Technology, em Trondheim, na Noruega. Convidaram a população mais idosa de Trondheim para ser protagonista neste estudo. Foi alcançada a adesão de cerca de 1500 pessoas, homens e mulheres, com a idade a rondar os 70 anos. Aceitaram o compromisso de aumentar o exercício físico semanal com avaliação regular, em modo continuado. O objetivo fixado pelos investigadores foi o de avaliar a evolução ao longo de tempo prolongado – 10 anos.
Foram definidos três grupos:
- Um grupo ficou com um programa de moderada atividade física diária, por 30 minutos, todos os dias.
- Outro grupo ficou com duas sessões semanais com 50 minutos cada.
- O terceiro grupo ficou com um programa de treino intervalado de alta intensidade, duas vezes por semana. Receberam o encargo de pedalar ou correr em ritmo extenuante, por quatro minutos, seguido por quatro minutos de descanso, com esta sequência repetida por quatro vezes em duas sessões semanais.
Ao fim de cinco anos de avaliação, ficou apurado que a percentagem de óbitos (4,6%) entre o conjunto de septuagenários participantes neste programa de atividade física é substancialmente mais baixa do que a média nacional de óbitos, quer na cidade de Trondheim, quer no país.
Também ficou demonstrado que os óbitos são mais raros no grupo submetido à sequência de treinos extenuantes. O conjunto de parâmetros avaliados também mostra que estes septuagenários que praticam exercício mais intenso revelam melhores índices de qualidade de vida.